Ela vem com o vento no rosto, a brisa lavando-lhe a cara em solavancos. Para no café do lado e diz bom dia aquela senhora farta que se encosta alegre pós balcão. Ela pede um chocolate quente e aquela torta que lhe saliva os lábios. Vestida no seu casaco preto..e naquela cachecol que fora bordado por sua vô. A moça passa por ali. Tira do bolso um lenço em suave frescor...é o seu cheiro. Cheiro matinal ...daquela mulher naquela manhã... na manhã de inverno.
Pouco se fala...mas se aprecia aquele sugo daquela bebida quente.
Seus olhos parecem fitar algo mais além de ali...o que ela busca em seus pensamentos naquela manhã...
Saí deste local e anda em passos firmes, o vento torna a lhe cariciar, de forma bruta e fria, mas ela consente.
Suas pisadas trazem o barulho no farfalhar das folhas...em outonos em invernos. Ela vai há algum lugar..ela busca por algo...ela tem um sonho..
Seus cabelos negros, longos..se debatem com o vento...abaixa a face...abaixa o corpo...e pega de leve algo que o céu lhe presentou.
Uma folha...
Coloca no livro que segurava...e quando abre a paginá,...lá tem um nome.
Ela lê cabisbaixa....fecha os olhos...e pode se ouvir a orquestra que entôou seu coração.
Ela repete: - " è inverno...é inferno"...
Espera-se mais um outono ao encontro de você.
Ela é Ana.
Ele?
È o inverno!
Eu encontrei seu blog acidentalmente, li a poesia, e gostei do conteúdo. Já estou lhe seguindo. Bem igual me faria se seguisse meu blog também. Desde já agradeçohttp://sentimentosquetranscendemotempo.blogspot.com/
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